Os últimos três anos viram um incomum no mercado de carros usados. Aqueles que queriam vender seus veículos conseguiram uma pechincha em um superfaturado. Aqueles que queriam comprar surpreenderam-se por um valor (muito) maior do que o esperado. – a inflação chegou a até 30% dependendo da localização.
Ao que tudo indica, essa recuperação acabou, ou pelo menos está começando a diminuir. Olhando para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é considerado a inflação oficial do país entre fevereiro 2021 e fevereiro 2022, um carro usado subiu D em média. Entre janeiro de 2023 e janeiro de 2022, a inflação oficial de carros usados para foi muito menor, apenas 1,07%.
IPC
Em algumas capitais avaliadas pelo IPCA, o cenário para era de leve deflação, que foi de -5, %. Segundo a Associação Nacional dos Concessionários de Veículos (Fenauto), os carros usados estão 6% mais baratos em relação ao preço do primeiro semestre de 2022. O que mudou nos últimos três anos? Em particular, 2020-2021 viu uma interrupção na cadeia global de produção de veículos.
Às vezes tiveram que parar a produção porque casos de Covid-19 aumentaram, às vezes por falta de materiais como aço, borracha, pneus, plástico e semicondutores. Como as concessionárias não tinham carros novos, o consumidor podia comprar carros seminovos e usados em lojas. Como era quase a única opção de compra direta, o preço de carros usados aumentou significativamente.
Pressos de veículos usados desvalorizam
O CEO da Fenauto Enilson Espínola Sales de Souza explicou que no ano passado a pandemia foi aos poucos controlada, e as cadeias autologística e comercial começaram a se reorganizar para uma nova dinâmica. Além disso, como os preços dos carros usados estavam longe da realidade do consumidor, as vendas diminuíram. “Como o seminovo em si estava com preço razoável, o ritmo de crescimento começou a desacelerar e com isso, o preço começou a se ajustar para baixo”, comenta Enilson.
Previsão para 2023 Assim, a comunidade prevê uma pequena deflação de até 3% para o utilizado nos próximos meses. “No primeiro semestre, pode acontecer que o ritmo de queda de preço não seja mais tão rápido porque já vemos um aumento nas vendas em janeiro e fevereiro deste ano em relação a 2022. Os preços começaram a cair, assim como o próprio mercado.”
É importante observar que esse cenário só deve ocorrer se a economia permanecer em seu estado atual. Ou seja, taxas de juros, inflação e desemprego estão razoavelmente sob controle. Segundo Enilson, essa estabilidade equilibra oferta e demanda nos segmentos de usados e seminovos e permite que as instituições financeiras ofereçam linhas de crédito para financiamentos mais acessíveis aos consumidores.
Nesta situação, a Fenauto prevê um aumento nas vendas industriais, cujo número de unidades pode subir para 15 milhões. meio novo e usado vendido. Isso seria 25,2% a mais do que as quase 12, milhões de unidades vendidas no ano passado.
Fonte: g1.globo.com